terça-feira, 28 de julho de 2009

Ouvido na TV

"Every mother is a single mother."

sexta-feira, 19 de junho de 2009

- Mãe! Preciso comprar presente de aniversário para a Fernanda!
- A gente sai à tarde e compra uma lembrancinha.
- Lembrancinha, não! Tem de ser presentão! É uma superamiga!
-- Desculpa, hoje só tenho dinheiro para uma miniamiga.

terça-feira, 16 de junho de 2009

A propósito...

Desequilíbrio climático
ou
Desequilíbrio dos homens?

Aos Nossos Filhos
Elis Regina
Composição: Ivan Lins/Vitor Martins

Perdoem a cara amarrada,

Perdoem a falta de abraço,

Perdoem a falta de espaço,

Os dias eram assim...

Perdoem por tantos perigos,

Perdoem a falta de abrigo,

Perdoem a falta de amigos,

Os dias eram assim...

Perdoem a falta de folhas,

Perdoem a falta de ar

Perdoem a falta de escolha,

Os dias eram assim...

E quando passarem a limpo,

E quando cortarem os laços,

E quando soltarem os cintos,

Façam a festa por mim...

E quando lavarem a mágoa,

E quando lavarem a alma

E quando lavarem a água,

Lavem os olhos por mim...

Quando brotarem as flores,

Quando crescerem as matas,

Quando colherem os frutos,

Digam o gosto pra mim...

Digam o gosto pra mim...

Fragmentos de uma biografia tosca

(Pintura de William Blake, de Satã torturando a Jó)

Dela dirão, um dia, que foi a moderna escrava de classe média. Que obrava como um Jó, mas era dura de dar dó e se iludia que isso era apenas um estado passageiro - tanto a penúria quanto o pesado fardo.
Que sentia mais falta, às vezes, da TV por satélite que dos livros.
Que queria ser santa, mas na primeira vez que riram da idéia, desistiu.
Que gostava de ser caridosa, mas na quinta vez em que a lograram, fechou a mão.
Que pensava ser sexy, mas na quinta década da vida descobriu que havia duas já não podia ser.
Dela dirão que era modesta, humana e sensível.
(Outros dirão que era dissimulada, santarrona e chorona).
Que gostava de palácios, mas seria feliz com a choupana.
Que invejava os viajantes, mas desejava mesmo era apenas um jardim.
Que se enternecia pelos amantes, mas foi sozinha - até o fim.
Dela, dirão que passou como todos passam, pensando que de algum modo poderia ser eterna.
Mas passou.
E rirão um risinho comísero, de lado, baixinho.
Dela brotaram poesias, transpirações ameaçando a inspiração,
E por fim a inação. A espera.
Contentou-se em passar.
(Entendeu que a vida, afinal, é só isso)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Filha

Escrevo os meus planos na tua mão.
Sonho meus sonhos no teu olhar.
E deixo meu futuro no teu coração.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Estava no sonho que relatei, abaixo

Veja lista com nomes de passageiros que estariam no voo 447 Geral: "Pedro Luis de Orleans e Bragança, 26 anos. Príncipe herdeiro, quarto na linha de sucessão da coroa brasileira. É um dos descendentes diretos de dom Pedro II, que foi o segundo imperador do Brasil e que governou o país por quase 50 anos até ser deposto em 1889 com a implantação do regime republicano."


(coincidência funesta)

...

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Sonho I (O Parente do Rei)

Um parente direto de D. Pedro de Alcântara, que chamávamos de "parente do rei" no meu sonho, vinha em uma comitiva hospedar-se na minha casa, que não era o apartamento onde moro agora, mas uma casa antiga, em mau estado e espaçosa. Eu me via quase em pânico, porque devia servi-lo durante aquele dia, mas pelo menos sabia que ele não iria pernoitar.
Eu não tinha dinheiro e a despensa estava desabastecida.
No sonho, preparei um sanduíche para o parente do rei, que havia dado uma saída e voltado (ele ficava indo e vindo dos seus compromissos longe da minha humilde morada). Assim que preparei, mandei minha filha levar para ele, que estava em outro ponto distante da casa.
Ela comeu o sanduíche.
O parente do rei pediu café, e como eu não tinha, pedi para um dos seus assessores (seu motorista, todo vestido de preto) ir comprar.
Enquanto isso, resolvi preparar outro sanduíche com o restante do queijo, pão e presunto que tinha.
Minha filha comeu novamente.

Aí acordei.

Interpretação:

Bem feito pra mim, que vou dormir preocupadíssima em saldar meus compromissos com os "parentes do rei" da minha vida: meus clientes, editoras, minha mãe, meu irmão e minha filha.
Interessantemente, no sonho eu não comia nada. Queria alimentar o parente do rei e quem acabava comendo era minha filha. Mas eu não pensava em mim.
Igualzinho à vida real.
Os parentes do rei da minha vida desperta chegam inesperadamente, pedindo ajuda, precisando ser sustentados e alimentados, não me deixam descansar, e dou um jeito (ou tento) de satisfazê-los, mas acaba faltando algo sempre - recursos, descanso, sono, paciência, no fim das contas -- porque ninguém consegue servir a tantos amos sem prejudicar alguém (no caso, sou eu mesma a maior prejudicada sempre).

Revolta?

Não, não sinto.

Só de vez em quando................

quarta-feira, 27 de maio de 2009




(chocante)
Eu faço a minha parte. Procuro ser o mais ambientalmente correta possível (separo lixo, economizo energia, nem tenho carro, poupo água, não desperdiço nada).
Às vezes, parece que já é tarde demais para salvar o planeta.
E quando digo "salvar o planeta", não é só da boca pra fora.
Essa é realmente uma preocupação grande que tenho, quase todos os dias (ou melhor, tenho duas preocupações, fora as mais mundanas: o que estamos fazendo com o planeta e o que os homens estão fazendo com eles mesmos).

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A propósito...

A negatividade é que faz com que certas pessoas vivam sufocadas por problemas,
ou os problemas é que as levam a ser sufocadas pela negatividade?

Quanto a mim, miro sempre o alto e tenho uma fé inabalável em mim, em Deus e no poder de abrir a mente para o bem. Não tenho tempo pra me queixar (nem vocação para vítima).

domingo, 3 de maio de 2009

"Família pode ser aquilo que você quer que ela seja"

Tentei resistir a mais uma recomendação de filme, mas não consegui.
Assisti "A Home at the end of the world" uns cinco dias atrás e deixei os dias passarem para ver se o filme me saía da cabeça. Além de não sair, tenho certeza de que se transformou em um dos meus filmes favoritos de todos os tempos.
Baseado no romance de Michael Cunningham, a tradução do título para o português é enganosa, porque não traduz o espírito do filme. "Um lugar no fim do mundo" não dá a mesma idéia de "Uma casa (ou um lar) no fim do mundo".
Quando o filme começa, tem-se a impressão de ser uma historinha boba, mesmo porque os cabelos dos personagens são hor-rííííveis, muito mal feitos mesmo, e o segundo "Bobby" (já que o personagem tem dois atores, até chegar ao Bobby adulto, encarnado pelo Colin Farrell) é um garoto horroroso e parece um gnomo, mais ainda com aquela peruca dura, seca e mal ajustada.
Entretanto, mesmo durante a primeira e segunda fase do personagem, já vemos pérolas literárias e cinematográficas.
Quando o Colin Farrell entra em cena, eu me rendo - não gostava quase nada dele.
O filme é sobre solidão, AMOR em todos os sentidos, generosidade e destino.
NÃO é um filme gay (pelo menos na minha modesta opinião, já que encontrei muitos pontos em comum entre a trama e a história que eu mesma escrevi em 2000, muitos mesmo).
Sissy Spacek também está fabulosa como Alice, mãe de Jonathan (Dallas Roberts).
Os personagens são encantadores, a história é ótima e o roteiro, felizmente, foi escrito pelo próprio autor do livro, de modo que provavelmente é bastante fiel (posso confirmar isso daqui a algum tempo, já que pretendo comprar o livro original).
Além de todos os méritos, a trilha sonora é perfeita. O que é Laura Nyro cantando "It's gonna take a miracle"???!
E a última cena, em que aparecem os créditos, é uma das mais bonitas que já vi.
Quando o filme terminou, senti uma mescla de emoções: tristeza, melancolia, alegria por estar neste "grande e belo mundo onde tudo pode acontecer" e feliz por ter visto um filme tão delicado.
Cenas do filme estão aí embaixo, mas cuidado, pode dar uma impressão errada.

Um Lugar no Fim do Mundo

sábado, 25 de abril de 2009



Assisti hoje "The Nines" (ou "O Número 9", título em português).
Fiquei encantada com o filme e com o conceito de um ser que seria o número 9, sendo Deus o 10. Criadores em geral (de games, como no filme, ou de ficção) vêm logo abaixo de Deus, e por isso são números 9 na ordem de ascendência entre os seres que habitam o planeta.
Por que os escritores de ficção são 9? Porque, como os deuses, constroem e destroem mundos inteiros, fazem nascer ou morrer, inventam o belo e o feio, mexem com vidas e as manipulam como querem.
Adorei o filme, inteligente e complexo, embora ainda assim eu tivesse praticamente adivinhado seu final (adoro desafiar os filmes quando começo a vê-los, dizendo "Me surpreenda" - e eles raramente surpreendem).
Não recomendado para quem tem preguiça de pensar, para aqueles sem um pingo de imaginação e para quem não tem a mínima idéia do que é se envolver imensa e intensamente com personagens e vidas que criamos, quase vivendo suas vidas em lugar das nossas, ou nem sabe que a imaginação é o maior presente que recebemos ao nascer.
Me senti, uma vez na vida, como o personagem.
Não desejo pro pior dos inimigos. E ao mesmo tempo, adoraria se todos pudessem entrar nessa viagem deliciosa de realmente ser Deus. Ou quase. Um número 9.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sou total, eterna e irremediavelmente apaixonada por essa música e pelo Lang como um todo. Interpretação, profissionalismo, sensualidade da voz, precocidade, atração. Recordações...



Breakin' me (Jonny Lang)

Every day I see your face I wish I'd stayed
Don't even know what made me run away
It's just the way I play the game

Emotional is not a word I'd use to explain myself
But now I'm down upon my knees
Baby please take me back

I don't want to be in love but you're makin' me
Let me up I've had enough. Girl you're breakin' me

Here I am just half a man standing alone
Feeling like I lost my only chance
At happiness when I let you go

I don't want to be alone thinkin' bout you girl
I got nothin' left to hold in this lonely world

[Solo]

The first time my heart was ever touched
Was the day I lost your love
I can feel it in my flesh and blood
My soul can only take it so much

So there it is. Why can't you give us one more try
You and I could find a way to live
If you let me in one more time

I know you lost your faith in me but I still believe
Can I make you understand, can I make you see
That I'm desperate for your love and it's breakin' me

It's breakin' me

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Pano Rápido

-- E tu, como mulher separada, como é o teu relacionamento com o pai da tua filha?
-- Comparando com quê?

(tudo é relativo, já dizia Einstein)

... A propósito...

O presidente do Paraguai, ex-bispo, que ganha um filho novo aparentemente a cada dia, poderia ser chamado de "Come Quieto"...
Ou suas ex-amantes é que poderiam ser chamadas de "Comidas e Caladas", até que ele se tornou conhecido e popular como presidente?
Hein?

domingo, 19 de abril de 2009

Dexter



A frase mais interessante que ouvi nos últimos tempos:
- But I killed you ("Mas eu matei você!") - frase de Dexter ao seu irmão, que assassinou.
- No, you only took my life ("Não, você apenas tirou minha vida") - dito pelo irmão que Dexter "vê" com seu inconsciente que não lhe dá trégua, sentado na igreja durante o velório de corpo presente do marido de Rita.

Certo.
Matar é mais que tirar a vida.
Às vezes, matamos alguém em vida mesmo, quando esquecemos, abandonamos e não queremos mais saber.
Matar é tirar para sempre da consciência.
É eliminar para sempre.
Morrer é desaparecer para sempre. Em carne, recordação e espírito. É não deixar nada.
É difícil para Dexter aceitar que matou o irmão, assim como lhe é difícil continuar com o irmão na consciência, tendo lhe tirado apenas a vida, mas não a influência, as recordações e a amargura de ter eliminado fisicamente alguém que está presente o tempo todo, e talvez a única pessoa (?) que poderia ser seu par, seu igual e seu cúmplice.
Tenho em minha vida muitas pessoas cuja vida se foi, mas que não morreram. Infelizmente, há outras que estão vivas, mas morreram para mim (ou matei). Poucas, felizmente. Muito poucas.

Dexter é um seriado além das aparências. Um seriado, na minha opinião, mais psicológico que qualquer outro que eu tenha assistido. AMO (e juro que por pouco não tive um enfarto, com a última cena do segundo episódio. Meu, que sustão de congelar o sangue!). Só não assisto todos os episódios, um após o outro (que estão no meu HD) por pura falta de tempo. Mas pelo jeito como a crise parece estar "pegando" os tradutores, acho que logo vou poder conferir o resto da segunda e da terceira temporadas...


sexta-feira, 17 de abril de 2009

Do que não sei (publicado originalmente em 26.7.2004)

Acordei hoje com dor-de-cabeça, sensação de último dia (sempre parecem ser últimos dias várias vezes no ano), balanço de vida e uma questão no cérebro bilíngüe: What do I Know? Não sei quase nada do que esqueço que não sei, não sei o que te move, não sei ainda aonde quero chegar, não sei se teus flutuares me levam nos ares também, não sei se as palavras te chegam nem sei se ao chegarem te bastam ou se lidas se transformam em polpa, em massa, compactadas com tantas outras e jogadas no lixo seco da cultura inútil.

Acordei sem saber de nada, zerada mais uma vez, querendo entender por que meu corpo não reage como quero e não ajo como gostaria e não me levas contigo e não me proclamas ao mundo. What do I know? Não sei por que eu mesma não me proclamo, por que não me desnudo inteira e me mostro sem medo. Não sei por que brotam de ti zigue-zagues e vai-véns, por que brotam buracos temporais que ao surgirem me deixam no nada, à espera de depois. Sempre depois.

Acordei questionando sem respostas e sem buscá-las, perdida como sempre em mim mesma, sem te encontrar por que, talvez, não me disponha a realmente te buscar. Não sei se entre os sonhos e o agora consigo criar outros hojes que me abasteçam até chegar o dia de perceber que tudo o que projetamos foram apenas possibilidades, conjecturas, vontades e ilusões.

What Do I Know? Não sei quase nada e melhor seria começar a agir como se além de desconhecer, nenhum pedaço de estrada jamais tivesse me levado a destinos apenas parciais no mapa do teu coração.

Acordei perguntando, anoiteço sem respostas, recriando minhas dúvidas e as respondendo em fantasias que escreverei antes de dormir. E as respostas fictícias sempre me satisfazem, mas carecem do teu cheiro, da tua carne e do te ver nos olhos. Mas o que sei?

... Talvez a fantasia seja ainda mais concreta que o tu improvável no meu presente futuro impalpável.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Meu amigo C. diz que meu novo blog está bem doméstico (yeah, I know).
Comento isso com meu amigo S. e falo que estou com vontade de republicar aqui o que eu mais gostava nos blogs que matei.
Ele diz: "Well, it's your F888 blog, so do whatever you want".
Então é isso.
Eu estava aqui, tentando me esconder sem cara e sem personalidade nesse blog-nada, depois que um "fã" dos infernos me deu uma baita decepção algum tempo atrás. Como fui eu mesminha que desmascarei o bocó (com a ajuda do C. que nem desconfiava disso até que hoje lhe contei), não deveria me sentir mal, mas como os "escritos sensuais" aparentemente haviam servido como chamariz pra esse fedepê que se achava mais esperto que eu, fiquei com trauma (sou meio assustada à toa, sempre).
O trauma passou.
Venha!
Que eu vou com tudo, assumindo minhas bobagens, minhas ex-poesias, ex-escritos, ex-dúvidas (porque já passaram).
Imoderadamente mesmo (pra que serve um blog com esse nome, se eu ficar me controlando pra que não me vejam como sou?!).
Então, esperem reler coisas, se já haviam lido.Ou ler pela primeira vez e gostar ou não, se não.
Este é o blog número 3 (tirando o blog profissional, que nem atualizo mais). Espero que seja o último a ser republicado.
(daí se vê que sou vaidosa em muita coisa, mas não com relação ao que escrevo, pra desprezar a contagem de 37.000 visitantes do primeiro blog ao assassiná-lo).
And "Dave", if you come here... GO FLY A KITE (and you know what I mean).

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Pensando bem... acho que o Lula quer que eu seja perfeita.
Já sou boazinha por natureza, já ajudo quem posso e quem não posso.
Sou trabalhadora, boa profissional, boa mãe, uma mulher bonitinha, cozinho bem, etc (não vou ficar citando aqui minhas outras quinhentas e vinte qualidades). Eu nem bebo! Nem vou pra baladas! Sexo só com muita cautela!
Agora, o Governo quer que eu seja também ex-fumante.
Ah, vá. Tanta perfeição assim enche o saco.
Me deixa ter este defeito, vai...

A notícia de que o Governo baixou impostos para fomentar a economia em alguns setores e aumentou barbaramente o preço do cigarro me faz cogitar se, a seguir, haverá a criação de uma bolsa-ansiedade, com descontos nos calmantes e ansiolíticos.

Ou o Governo quer um exército de suicidas, homicidas, neuróticas e desesperados andando por aí pela drástica redução da nicotina?

Quero dobrar meu estoque de buspirona agora mesmo, mas isso também sai caro.

Oh, shit. Os fumantes f... de verde e amarelo.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Meu novo bebê já nasceu grande, é pretinho e bem magrinho, e nem o acho tão bonito...


... Mas é tão bom ficar olhando pra ele...


Estou com um grande drama pra resolver até o dia 19.
O pior é que até o último instante vou hesitar em ceder ou não ceder. Deitar ou não deitar. Deixar ou não deixar. Amar ou não amar.
(não vou contar nem pra Deus o resultado)

domingo, 12 de abril de 2009

Minha mãe me diz que preciso dar um jeito de, urgentemente, me envolver com meus sonhos/planos literários de novo. Porque ando murcha. Desanimada. Doente mesmo de abstinência de criar.
É a idade? É a falta de ambição? Preguiça? Falta de tempo?
Imodestamente, sei que não é falta de talento (é a única coisa que sei que tenho).
Então, o que é?!
Preciso me mexer pra ser eu de novo, escrevendo ficção, almejando publicar, batalhando, me sentindo viva e vibrante.
Mas um bichinho chamado decepção ainda não acabou de roer minhas entranhas.
E já me consome há 8 anos.
Eita digestão lenta...

O perigo é ele acabar comigo antes que eu acabe com ele.

sábado, 11 de abril de 2009

Sou movida pela intuição.
Deixo que tudo me inunde, sem analisar.
Sinto. Depois, analiso.
E então eu ajo, mas sempre guiada pelo que me entra pelos olhos, me penetra os sentidos e me toma a emoção, vencendo a razão. Felizmente, minha intuição não me engana. Seria uma tragédia se, guiada como sou pelos instintos, eles me levassem a caminhos errados.

quinta-feira, 9 de abril de 2009


Eu amo Ministry of Sound, por isso estou muito a fim de presentear quem quiser saber o que eu ouço com muita vontade, repetidamente sem cansar. É música boa, pra trabalhar e pra curtir. O álbum tem 73 min. de duração e eu tenho o nome aqui como "Ministry of Sound - Chillout Ibiza", mas não posso garantir que esteja correto. Anyway, essa música me vicia, me faz sonhar e é sensual pra caramba (ouçam "Sexual" e depois me digam).
(é só clicar)

terça-feira, 7 de abril de 2009

Não é que eu não seja romântica. Sou romântica ativa, não passiva. Prática, não melosa.
Não dou valor a uma caixa de bombons (não gosto de chocolate).
Nenhum chilique por palavrinhas doces.
Nada de motéis chiques, nem dormir agarradinha, nem promessas de "pra sempre", nem música de chorar, nada assim.
Prefiro o silêncio a dois, cozinhar acompanhada, o ombro pra chorar, fazer planos para amanhã, a chegada de surpresa com um vinho, o abraço súbito e apertado, o olho-no-olho, a mão na mão, o conserto do chuveiro, a barata morta e enterrada no balde do lixo, o telefonema rápido no meio do expediente, o sexo afoito no momento inesperado.
Isso pra mim conta muito, porque demonstra a vontade de estar junto, a disposição de se dar, o desejo real e o carinho de se querer sem obrigação.
E por incrível que pareça, o romantismo prático é o mais difícil de achar. Ô, como é difícil.

P.S. - Se eu vivesse de palavras e declarações, estaria rica. Minha pobreza é de amor-ação, de de-MONSTRAs-ações (não pequenas, monstras mesmo). Eu moveria céus e terras por um homem que praticamente me amasse. Melhor se não fosse apenas praticamente, mas eternamente.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Por que este blog, por que agora e o que esperar dele?

O mundo dos blogs não é novo para mim e escrever nunca foi novidade em minha vida.
Por que este blog?
Porque sempre haverá algo a ser dito, ainda que a vida pareça ter perdido o encanto, as pessoas pareçam me sugar a alma, e o mundo em geral pareça embaçado e sem cor.
Acontece, de vez em quando, apesar do meu complexo de Pollyanna (ou exatamente por causa dele).
Por que agora?
Porque meus outros blogs me cansaram. Simples assim.
Não sou uma mulher modesta, mas também não sou arrogante o bastante para achar que minhas palavras são imperdíveis, inesquecíveis e preciosas.
Às vezes, são necessárias apenas para mim.
Às vezes, envaidecem outros.
Na maioria das vezes, não fazem diferença.
O que esperar deste blog?
Não prometo nada.
Não invento uma persona que não é a minha, apesar de o blog ser anônimo.
Sou tão real e verdadeira que na maior parte dos dias eu canso de ser eu mesma. Preferiria inventar outra eu, mas ainda assim sigo sempre em frente imoderadamente, haja o que houver. Mesmo que para isso precise mudar de "casa".