domingo, 3 de maio de 2009

"Família pode ser aquilo que você quer que ela seja"

Tentei resistir a mais uma recomendação de filme, mas não consegui.
Assisti "A Home at the end of the world" uns cinco dias atrás e deixei os dias passarem para ver se o filme me saía da cabeça. Além de não sair, tenho certeza de que se transformou em um dos meus filmes favoritos de todos os tempos.
Baseado no romance de Michael Cunningham, a tradução do título para o português é enganosa, porque não traduz o espírito do filme. "Um lugar no fim do mundo" não dá a mesma idéia de "Uma casa (ou um lar) no fim do mundo".
Quando o filme começa, tem-se a impressão de ser uma historinha boba, mesmo porque os cabelos dos personagens são hor-rííííveis, muito mal feitos mesmo, e o segundo "Bobby" (já que o personagem tem dois atores, até chegar ao Bobby adulto, encarnado pelo Colin Farrell) é um garoto horroroso e parece um gnomo, mais ainda com aquela peruca dura, seca e mal ajustada.
Entretanto, mesmo durante a primeira e segunda fase do personagem, já vemos pérolas literárias e cinematográficas.
Quando o Colin Farrell entra em cena, eu me rendo - não gostava quase nada dele.
O filme é sobre solidão, AMOR em todos os sentidos, generosidade e destino.
NÃO é um filme gay (pelo menos na minha modesta opinião, já que encontrei muitos pontos em comum entre a trama e a história que eu mesma escrevi em 2000, muitos mesmo).
Sissy Spacek também está fabulosa como Alice, mãe de Jonathan (Dallas Roberts).
Os personagens são encantadores, a história é ótima e o roteiro, felizmente, foi escrito pelo próprio autor do livro, de modo que provavelmente é bastante fiel (posso confirmar isso daqui a algum tempo, já que pretendo comprar o livro original).
Além de todos os méritos, a trilha sonora é perfeita. O que é Laura Nyro cantando "It's gonna take a miracle"???!
E a última cena, em que aparecem os créditos, é uma das mais bonitas que já vi.
Quando o filme terminou, senti uma mescla de emoções: tristeza, melancolia, alegria por estar neste "grande e belo mundo onde tudo pode acontecer" e feliz por ter visto um filme tão delicado.
Cenas do filme estão aí embaixo, mas cuidado, pode dar uma impressão errada.

2 comentários:

  1. Hmm vou assistir a esse fim de semana, pela associação, claro! Talvez eu precise mesmo dar mais crédito a Hollywood.

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  2. O filme é realmente fantástico! Me diz, qual o nome do livro? Gostaria de comprar também! Se puder responder no meu blog, grato!

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