sábado, 25 de abril de 2009



Assisti hoje "The Nines" (ou "O Número 9", título em português).
Fiquei encantada com o filme e com o conceito de um ser que seria o número 9, sendo Deus o 10. Criadores em geral (de games, como no filme, ou de ficção) vêm logo abaixo de Deus, e por isso são números 9 na ordem de ascendência entre os seres que habitam o planeta.
Por que os escritores de ficção são 9? Porque, como os deuses, constroem e destroem mundos inteiros, fazem nascer ou morrer, inventam o belo e o feio, mexem com vidas e as manipulam como querem.
Adorei o filme, inteligente e complexo, embora ainda assim eu tivesse praticamente adivinhado seu final (adoro desafiar os filmes quando começo a vê-los, dizendo "Me surpreenda" - e eles raramente surpreendem).
Não recomendado para quem tem preguiça de pensar, para aqueles sem um pingo de imaginação e para quem não tem a mínima idéia do que é se envolver imensa e intensamente com personagens e vidas que criamos, quase vivendo suas vidas em lugar das nossas, ou nem sabe que a imaginação é o maior presente que recebemos ao nascer.
Me senti, uma vez na vida, como o personagem.
Não desejo pro pior dos inimigos. E ao mesmo tempo, adoraria se todos pudessem entrar nessa viagem deliciosa de realmente ser Deus. Ou quase. Um número 9.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sou total, eterna e irremediavelmente apaixonada por essa música e pelo Lang como um todo. Interpretação, profissionalismo, sensualidade da voz, precocidade, atração. Recordações...



Breakin' me (Jonny Lang)

Every day I see your face I wish I'd stayed
Don't even know what made me run away
It's just the way I play the game

Emotional is not a word I'd use to explain myself
But now I'm down upon my knees
Baby please take me back

I don't want to be in love but you're makin' me
Let me up I've had enough. Girl you're breakin' me

Here I am just half a man standing alone
Feeling like I lost my only chance
At happiness when I let you go

I don't want to be alone thinkin' bout you girl
I got nothin' left to hold in this lonely world

[Solo]

The first time my heart was ever touched
Was the day I lost your love
I can feel it in my flesh and blood
My soul can only take it so much

So there it is. Why can't you give us one more try
You and I could find a way to live
If you let me in one more time

I know you lost your faith in me but I still believe
Can I make you understand, can I make you see
That I'm desperate for your love and it's breakin' me

It's breakin' me

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Pano Rápido

-- E tu, como mulher separada, como é o teu relacionamento com o pai da tua filha?
-- Comparando com quê?

(tudo é relativo, já dizia Einstein)

... A propósito...

O presidente do Paraguai, ex-bispo, que ganha um filho novo aparentemente a cada dia, poderia ser chamado de "Come Quieto"...
Ou suas ex-amantes é que poderiam ser chamadas de "Comidas e Caladas", até que ele se tornou conhecido e popular como presidente?
Hein?

domingo, 19 de abril de 2009

Dexter



A frase mais interessante que ouvi nos últimos tempos:
- But I killed you ("Mas eu matei você!") - frase de Dexter ao seu irmão, que assassinou.
- No, you only took my life ("Não, você apenas tirou minha vida") - dito pelo irmão que Dexter "vê" com seu inconsciente que não lhe dá trégua, sentado na igreja durante o velório de corpo presente do marido de Rita.

Certo.
Matar é mais que tirar a vida.
Às vezes, matamos alguém em vida mesmo, quando esquecemos, abandonamos e não queremos mais saber.
Matar é tirar para sempre da consciência.
É eliminar para sempre.
Morrer é desaparecer para sempre. Em carne, recordação e espírito. É não deixar nada.
É difícil para Dexter aceitar que matou o irmão, assim como lhe é difícil continuar com o irmão na consciência, tendo lhe tirado apenas a vida, mas não a influência, as recordações e a amargura de ter eliminado fisicamente alguém que está presente o tempo todo, e talvez a única pessoa (?) que poderia ser seu par, seu igual e seu cúmplice.
Tenho em minha vida muitas pessoas cuja vida se foi, mas que não morreram. Infelizmente, há outras que estão vivas, mas morreram para mim (ou matei). Poucas, felizmente. Muito poucas.

Dexter é um seriado além das aparências. Um seriado, na minha opinião, mais psicológico que qualquer outro que eu tenha assistido. AMO (e juro que por pouco não tive um enfarto, com a última cena do segundo episódio. Meu, que sustão de congelar o sangue!). Só não assisto todos os episódios, um após o outro (que estão no meu HD) por pura falta de tempo. Mas pelo jeito como a crise parece estar "pegando" os tradutores, acho que logo vou poder conferir o resto da segunda e da terceira temporadas...


sexta-feira, 17 de abril de 2009

Do que não sei (publicado originalmente em 26.7.2004)

Acordei hoje com dor-de-cabeça, sensação de último dia (sempre parecem ser últimos dias várias vezes no ano), balanço de vida e uma questão no cérebro bilíngüe: What do I Know? Não sei quase nada do que esqueço que não sei, não sei o que te move, não sei ainda aonde quero chegar, não sei se teus flutuares me levam nos ares também, não sei se as palavras te chegam nem sei se ao chegarem te bastam ou se lidas se transformam em polpa, em massa, compactadas com tantas outras e jogadas no lixo seco da cultura inútil.

Acordei sem saber de nada, zerada mais uma vez, querendo entender por que meu corpo não reage como quero e não ajo como gostaria e não me levas contigo e não me proclamas ao mundo. What do I know? Não sei por que eu mesma não me proclamo, por que não me desnudo inteira e me mostro sem medo. Não sei por que brotam de ti zigue-zagues e vai-véns, por que brotam buracos temporais que ao surgirem me deixam no nada, à espera de depois. Sempre depois.

Acordei questionando sem respostas e sem buscá-las, perdida como sempre em mim mesma, sem te encontrar por que, talvez, não me disponha a realmente te buscar. Não sei se entre os sonhos e o agora consigo criar outros hojes que me abasteçam até chegar o dia de perceber que tudo o que projetamos foram apenas possibilidades, conjecturas, vontades e ilusões.

What Do I Know? Não sei quase nada e melhor seria começar a agir como se além de desconhecer, nenhum pedaço de estrada jamais tivesse me levado a destinos apenas parciais no mapa do teu coração.

Acordei perguntando, anoiteço sem respostas, recriando minhas dúvidas e as respondendo em fantasias que escreverei antes de dormir. E as respostas fictícias sempre me satisfazem, mas carecem do teu cheiro, da tua carne e do te ver nos olhos. Mas o que sei?

... Talvez a fantasia seja ainda mais concreta que o tu improvável no meu presente futuro impalpável.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Meu amigo C. diz que meu novo blog está bem doméstico (yeah, I know).
Comento isso com meu amigo S. e falo que estou com vontade de republicar aqui o que eu mais gostava nos blogs que matei.
Ele diz: "Well, it's your F888 blog, so do whatever you want".
Então é isso.
Eu estava aqui, tentando me esconder sem cara e sem personalidade nesse blog-nada, depois que um "fã" dos infernos me deu uma baita decepção algum tempo atrás. Como fui eu mesminha que desmascarei o bocó (com a ajuda do C. que nem desconfiava disso até que hoje lhe contei), não deveria me sentir mal, mas como os "escritos sensuais" aparentemente haviam servido como chamariz pra esse fedepê que se achava mais esperto que eu, fiquei com trauma (sou meio assustada à toa, sempre).
O trauma passou.
Venha!
Que eu vou com tudo, assumindo minhas bobagens, minhas ex-poesias, ex-escritos, ex-dúvidas (porque já passaram).
Imoderadamente mesmo (pra que serve um blog com esse nome, se eu ficar me controlando pra que não me vejam como sou?!).
Então, esperem reler coisas, se já haviam lido.Ou ler pela primeira vez e gostar ou não, se não.
Este é o blog número 3 (tirando o blog profissional, que nem atualizo mais). Espero que seja o último a ser republicado.
(daí se vê que sou vaidosa em muita coisa, mas não com relação ao que escrevo, pra desprezar a contagem de 37.000 visitantes do primeiro blog ao assassiná-lo).
And "Dave", if you come here... GO FLY A KITE (and you know what I mean).

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Pensando bem... acho que o Lula quer que eu seja perfeita.
Já sou boazinha por natureza, já ajudo quem posso e quem não posso.
Sou trabalhadora, boa profissional, boa mãe, uma mulher bonitinha, cozinho bem, etc (não vou ficar citando aqui minhas outras quinhentas e vinte qualidades). Eu nem bebo! Nem vou pra baladas! Sexo só com muita cautela!
Agora, o Governo quer que eu seja também ex-fumante.
Ah, vá. Tanta perfeição assim enche o saco.
Me deixa ter este defeito, vai...

A notícia de que o Governo baixou impostos para fomentar a economia em alguns setores e aumentou barbaramente o preço do cigarro me faz cogitar se, a seguir, haverá a criação de uma bolsa-ansiedade, com descontos nos calmantes e ansiolíticos.

Ou o Governo quer um exército de suicidas, homicidas, neuróticas e desesperados andando por aí pela drástica redução da nicotina?

Quero dobrar meu estoque de buspirona agora mesmo, mas isso também sai caro.

Oh, shit. Os fumantes f... de verde e amarelo.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Meu novo bebê já nasceu grande, é pretinho e bem magrinho, e nem o acho tão bonito...


... Mas é tão bom ficar olhando pra ele...


Estou com um grande drama pra resolver até o dia 19.
O pior é que até o último instante vou hesitar em ceder ou não ceder. Deitar ou não deitar. Deixar ou não deixar. Amar ou não amar.
(não vou contar nem pra Deus o resultado)

domingo, 12 de abril de 2009

Minha mãe me diz que preciso dar um jeito de, urgentemente, me envolver com meus sonhos/planos literários de novo. Porque ando murcha. Desanimada. Doente mesmo de abstinência de criar.
É a idade? É a falta de ambição? Preguiça? Falta de tempo?
Imodestamente, sei que não é falta de talento (é a única coisa que sei que tenho).
Então, o que é?!
Preciso me mexer pra ser eu de novo, escrevendo ficção, almejando publicar, batalhando, me sentindo viva e vibrante.
Mas um bichinho chamado decepção ainda não acabou de roer minhas entranhas.
E já me consome há 8 anos.
Eita digestão lenta...

O perigo é ele acabar comigo antes que eu acabe com ele.

sábado, 11 de abril de 2009

Sou movida pela intuição.
Deixo que tudo me inunde, sem analisar.
Sinto. Depois, analiso.
E então eu ajo, mas sempre guiada pelo que me entra pelos olhos, me penetra os sentidos e me toma a emoção, vencendo a razão. Felizmente, minha intuição não me engana. Seria uma tragédia se, guiada como sou pelos instintos, eles me levassem a caminhos errados.

quinta-feira, 9 de abril de 2009


Eu amo Ministry of Sound, por isso estou muito a fim de presentear quem quiser saber o que eu ouço com muita vontade, repetidamente sem cansar. É música boa, pra trabalhar e pra curtir. O álbum tem 73 min. de duração e eu tenho o nome aqui como "Ministry of Sound - Chillout Ibiza", mas não posso garantir que esteja correto. Anyway, essa música me vicia, me faz sonhar e é sensual pra caramba (ouçam "Sexual" e depois me digam).
(é só clicar)

terça-feira, 7 de abril de 2009

Não é que eu não seja romântica. Sou romântica ativa, não passiva. Prática, não melosa.
Não dou valor a uma caixa de bombons (não gosto de chocolate).
Nenhum chilique por palavrinhas doces.
Nada de motéis chiques, nem dormir agarradinha, nem promessas de "pra sempre", nem música de chorar, nada assim.
Prefiro o silêncio a dois, cozinhar acompanhada, o ombro pra chorar, fazer planos para amanhã, a chegada de surpresa com um vinho, o abraço súbito e apertado, o olho-no-olho, a mão na mão, o conserto do chuveiro, a barata morta e enterrada no balde do lixo, o telefonema rápido no meio do expediente, o sexo afoito no momento inesperado.
Isso pra mim conta muito, porque demonstra a vontade de estar junto, a disposição de se dar, o desejo real e o carinho de se querer sem obrigação.
E por incrível que pareça, o romantismo prático é o mais difícil de achar. Ô, como é difícil.

P.S. - Se eu vivesse de palavras e declarações, estaria rica. Minha pobreza é de amor-ação, de de-MONSTRAs-ações (não pequenas, monstras mesmo). Eu moveria céus e terras por um homem que praticamente me amasse. Melhor se não fosse apenas praticamente, mas eternamente.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Por que este blog, por que agora e o que esperar dele?

O mundo dos blogs não é novo para mim e escrever nunca foi novidade em minha vida.
Por que este blog?
Porque sempre haverá algo a ser dito, ainda que a vida pareça ter perdido o encanto, as pessoas pareçam me sugar a alma, e o mundo em geral pareça embaçado e sem cor.
Acontece, de vez em quando, apesar do meu complexo de Pollyanna (ou exatamente por causa dele).
Por que agora?
Porque meus outros blogs me cansaram. Simples assim.
Não sou uma mulher modesta, mas também não sou arrogante o bastante para achar que minhas palavras são imperdíveis, inesquecíveis e preciosas.
Às vezes, são necessárias apenas para mim.
Às vezes, envaidecem outros.
Na maioria das vezes, não fazem diferença.
O que esperar deste blog?
Não prometo nada.
Não invento uma persona que não é a minha, apesar de o blog ser anônimo.
Sou tão real e verdadeira que na maior parte dos dias eu canso de ser eu mesma. Preferiria inventar outra eu, mas ainda assim sigo sempre em frente imoderadamente, haja o que houver. Mesmo que para isso precise mudar de "casa".