terça-feira, 7 de abril de 2009

Não é que eu não seja romântica. Sou romântica ativa, não passiva. Prática, não melosa.
Não dou valor a uma caixa de bombons (não gosto de chocolate).
Nenhum chilique por palavrinhas doces.
Nada de motéis chiques, nem dormir agarradinha, nem promessas de "pra sempre", nem música de chorar, nada assim.
Prefiro o silêncio a dois, cozinhar acompanhada, o ombro pra chorar, fazer planos para amanhã, a chegada de surpresa com um vinho, o abraço súbito e apertado, o olho-no-olho, a mão na mão, o conserto do chuveiro, a barata morta e enterrada no balde do lixo, o telefonema rápido no meio do expediente, o sexo afoito no momento inesperado.
Isso pra mim conta muito, porque demonstra a vontade de estar junto, a disposição de se dar, o desejo real e o carinho de se querer sem obrigação.
E por incrível que pareça, o romantismo prático é o mais difícil de achar. Ô, como é difícil.

P.S. - Se eu vivesse de palavras e declarações, estaria rica. Minha pobreza é de amor-ação, de de-MONSTRAs-ações (não pequenas, monstras mesmo). Eu moveria céus e terras por um homem que praticamente me amasse. Melhor se não fosse apenas praticamente, mas eternamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário